Alterações neoplásicas e não neoplásicas da glândula mamária de cadelas e gatas: uma análise histopatológica

Lara Cortez Passos, Luana Cortez Passos, Ádria Moreira dos Santos, João Victor Santos Frota, Antônio Davy Rios de Menezes, Francisco Wesley da Silva Alves, Amanda de Carvalho Gurgel, Jefferson da Silva Ferreira

Resumo


As lesões da glândula mamária são frequentes em cães e gatos. Este estudo visa realizar um levantamento retrospectivo da prevalência de alterações tumorais em fêmeas, revisando laudos histopatológicos do Laboratório de Patologia e Medicina Veterinária Legal da Universidade Estadual do Ceará. Foram coletados dados de 34 fêmeas (26 cadelas e 8 gatas) com lesões mamárias, entre outubro de 2022 e junho de 2023. Com base nas informações dos arquivos, foi estabelecida a relação entre os tumores e alguns fatores como sexo, idade, raça, fatores hormonais, localização das glândulas afetadas, quantidade e tamanho dos nódulos, ulcerações, tipo histológico e metástases para os linfonodos. Os resultados mostraram 75 diagnósticos morfológicos, com 58,67% de neoplasias malignas e 41,33% de lesões não neoplásicas, havendo ausência de neoplasias benignas. O carcinoma simples foi o tipo mais comum, representando 38,64% em cadelas e 25% em gatas, com predominância de subtipos grau I (70,27%). Hiperplasias foram as lesões não neoplásicas mais prevalentes. Mais de 90% dos nódulos não apresentaram ulcerações, que ocorreram apenas nas neoplasias malignas. Linfonodos afetados por metástase foram encontrados, principalmente nos grupos axilares e inguinais. A pesquisa reforça a importância de considerar um conjunto de fatores prognósticos associados aos diagnósticos histopatológicos.

 


Palavras-chave


Classificação histológica, neoformação mamária, metástase, oncologia

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