Uveíte: relato de caso

Mayara Freire de Alcantara Lima, Hemmerson Anthonny Gomes de Alencar, Ana Cláudia Ávila Mendonça, Marcos Antônio Vieira Filho, Claudia Alessandra de Oliveira, Muriel Magda Lustosa Pimentel, Raíssa Karolliny Salgueiro Cruz

Resumo


A equideocultura brasileira apresenta-se como uma atividade significativa, com uma densidade de 0,65 equídeos por quilômetro quadrado. Dentre as principais causas de prejuízos para equideocultura destacam-se as doenças oculares, em especial as queratites e uveítes. Estas, apresentam origem inflamatória e estão associadas aos principais casos de cegueira nos equinos. Foi atendido em janeiro de 2019, um equino, macho, da raça Quarto de Milha, pelagem baia amarilha, de seis meses de vida. O animal era oriundo da Fazenda Onça, localizada no município de Mata Grande, distante 273 km de Maceió, Alagoas. No presente relato, a realização dos diversos testes, como o de fluoresceína, ocorreu com a finalidade de diferenciar a URE de outras causas de uveíte, bem como outras alterações corneanas primárias, visto que o tratamento se baseia na administração de corticosteroides, o qual não deve ser instilado em casos de úlcera corneana, pois dificulta a cicatrização. Foi possível concluir que o tratamento para uveíte, realizado com associação entre o uso tópico de colírios anti-inflamatório, antibiótico e lubrificante e terapia sistêmica a base de anti-inflamatórios, seguindo um protocolo de administração disciplinada, respeitando-se a dose e o horário de cada medicação

 

 


Palavras-chave


Equinocultura, Doenças Oculares, Uveíte.

Referências


ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira, 20th ed., vol. 1, São Paulo, SP, Brasil: Instituto FNP, 2017.

BRAUN, J.P.; BERNARD, P.; BURGAT, V.; RICO, A.G. Gamma glutamyl transferase in domestic animals. Veterinary Research Communications, v.6, p.77-90, 1983.

COWELL, R.L.; TYLER, R.D. Diagnostic cytology and hematology of the horse E-Book. Elsevier Health Sciences, Amsterdam, Holanda, 2001.

CUNHA, M.E.N.; NERY DA SILVA, E.; ABREU, D.B.; DIAS, D.C.R.; AYRES, M. C.C. Uveíte bilateral em um equino: Relato de caso. PUBVET, v.13, n.1, p.1-8, 2019.

CURLING, A. Equine recurrent uveitis: classification, etiology, and pathogenesis. Compendium Continuig Education for Veterinarians, v. 33, n. 6, 2011.

DAVIDSON, M. Anterior uveitis. In: ROBINSON, N.E. Current therapy in equine medicine. 3rd ed., Philadelphia: Saunders, p.592-594, 1992.

DEARO, A.C.O.; SOUZA, M.S.B. Uveíte recorrente equina (cegueira da lua). Ciência Rural, v. 30, n.2, 2000.

DUBIELZIG R.R.; KETRING K.; MCLELLAN G.J.; ALBERT D.M. Veterinary Ocular Pathology: a comparative review. Saunders Elsevier, London, 456p, 2010.

FRELLSTEDT, L. Equine recurrent uveitis: A clinical manifestation of leptospirosis. Equine Veterinary Education, v.21, n.10, p.546-52, 2009.

GILGER, B.C. Equine ophthalmology. Lowa, USA: John Wiley e Sons Inc, 2017.

GILGER, B.C.; DEEG, C. Equine recurrent uveitis. In GILGER, B.C. Equine ophthalmology. Elsevier, Missouri, USA, pp. 317-349, 2011.

GILGER, B.C.; STOPPINI, R. Equine Ocular Examination: Routine and Advanced Diagnostic Techniques. In: GILGER, B.C. Equine Ophthalmology, 2 ed, Missouri: Elsevier, p.32, 2011.

GLAZE, M.B. Equine recurrent uveitis (ERU, Periodic ophthalmia, Moon blindness). In: SMITH, B.P. Large animal internal medicine. St.Louis : Mosby, p.1239-1243, 1990.

HINES, M.T. Leptospirosis. In S.D.C & L.M.T. (Eds.), Equine infectious diseases. Saunders Elsevier, St Louis, USA, pp. 302- 310, 2014.

KELLER, R.L.; HENDRIX, D.V.H. Bacterial isolates and antimicrobial susceptibilities in equine bacterial ulcerative keratitis (1993–2004). Equine Veterinary Journal, v. 37, n. 3, p. 207-211, 2005.

KERN, T.J. Intraocular inflammation. In: ROBINSON, N.E. Current therapy in equine medicine. 2nd ed., Philadelphia: Saunders, p.445-450, 1987.

LIMA, R.A.S.; CINTRA, A.G. Revisão do estudo do complexo do agronegócio do cavalo. Brasília, Brasil: MAPA, 2016.

MAGGS, D.J.; MILLER, P.E.; OFRI, R.; SLATTER, D.H. Slatter's Fundamentals of Veterinary Ophthalmology. Elsevier Health Sciences, p. 478, 2008.

MOREIRA, M.V.L.; PALHARES, M.S.; ECCO, R. Uveíte recorrente equina: revisão bibliográfica. Revista VeZ em Minas, Artigo técnico 4, Ano XXIV, n. 124, p. 34, 2015.

REICHMANN, P.; DEARO, A.C.D.O.; RODRIGUES, T.C. Occurrence of ophthalmologic diseases in horses used for urban cart hauling in Londrina, PR, Brazil. Ciencia Rural, v. 38, n. 9, p. 2525-2528, 2008.

SLATTER, D. Fundamentals of veterinary ophthalmology. 2nd ed., Philadelphia : Saunders, p.304-337, 1990.

SPEIRS, V.C. Exame clínico de equinos. Brasil: Artmed, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1999.

VERMA, A.; STEVENSON, B.; ADLER, B. Leptospirosis in horse. Veterinary Microbiology, v.167, n.1-2, p.61-6, 2013.

WILCOCK, B.P. Olhos, Pálpebras, Conjuntiva e Órbita. In: McGAVIN, M.D.; ZACHARY, J.F. Bases da patologia em veterinária. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p.1392-4.

WHITLEY, R.D.; GILGER, B.C. Doenças e cirurgia da córnea e esclera. In GELATT, K.N. Manual de oftalmologia veterinária, São Paulo, Brasil: Manole, pp. 125-164, 2003.


Texto completo: PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


 


 

 

Counters
Visitas