Avaliação da qualidade microbiológica dos panos de prato utilizados em açougues de Londrina e Região

Giovanna Caroline Galo Martins, Miriam Dibo, Isabella Pissinati Marzolla, Gerson Nakazato, Wilmar Sachetin Marçal

Resumo


Diversos casos de doenças transmitidas por alimentos são notificadas anualmente no estado do Paraná. Quase 100% dessas toxinfecções alimentares são causadas por bactérias.  A conscientização dos manipuladores de alimentos sobre higiene pessoal, do ambiente e dos utensílios de trabalho, é imprescindível devido as diversas formas de riscos de contaminação dos alimentos que estão sendo manipulados. O objetivo deste trabalho foi investigar quais agentes microbiológicos estão presentes nos panos de prato, verificar a presença da Escherichia coli, e os potenciais riscos microbiológicos que manipuladores e consumidores podem estar expostos no dia-a-dia, e por fim demonstrar qual a responsabilidade dos manipuladores de alimentos na propagação destes agentes. Foram realizadas colheitas em 6 açougues de Londrina e região. Essas colheitas foram efetuadas no período de setembro de 2019 a março de 2020, por meio da técnica de swab test, totalizando 11 amostras que foram posteriormente analisadas no Laboratório de Microbiologia do Centro de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual de Londrina. Os testes realizados foram: bioquímico para identificação das colônias e antibiograma apenas amostras positivas para Escherichia coli. Foram identificadas 27 colônias de enterobactérias, destas, 3 amostras de Escherichia coli foram submetidas ao teste de sensibilidade antimicrobiana e apresentaram sensibilidade intermediária a dois importantes antibióticos, cefotaxima e cefazolina. Além disso, o trabalho demonstrou a necessidade de maior enfoque e que sejam trabalhados de formas inovadoras os treinamentos com relação as boas práticas de fabricação, tanto pela equipe técnica responsável, como pelos órgãos de fiscalização e vigilância sanitária.

Palavras-chave: consumidor, manipulação, resistência bacteriana, saúde.


Palavras-chave


consumidor, manipulação, resistência bacteriana, saúde.

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