Hidrocefalia congênita em felino – Relato de caso

Pollyana Mendonça Leão Camelo Rodrigues, Rafaela Rodrigues Ribeiro, Newton Rafael Bastos, Kahena Morais Rolemberg, Paula Cristina Sieczkowski Gonzalez, Camila França de Paula Orlando Goulart, Iago Martins Oliveira

Resumo


O termo hidrocefalia é comumente utilizado para indicar aumento de volume dos ventrículos cerebrais, particularmente os ventrículos laterais. A doença é caracterizada pelo aumento do acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no crânio, podendo ocorrer em qualquer animal, com maior frequência em filhotes, embora considerada uma congenicidade rara em felinos. O diagnóstico é baseado no histórico, exame clínico, exame ultrassonográfico, tomografia ou ressonância magnética do crânio. O tratamento da hidrocefalia é baseado na condição clínica e idade do paciente, podendo ser realizado de forma clínica ou cirúrgica. A forma cirúrgica consiste em promover um desvio do fluxo de LCR do ventrículo lateral para a veia jugular ou cavidade peritoneal, enquanto o tratamento medicamentoso é baseado em medicamentos que reduzam a produção do LCR. O presente estudo teve com objetivo de relatar um caso de clínico de hidrocefalia congênita de diagnóstico em fase adulta em felino. Optou-se pelo tratamento clínico, com terapia medicamentosa sistêmica. A escolha terapêutica alinhou-se às práticas recomendadas na literatura, visando a estabilização do caso e minimização do desconforto do paciente. Apesar do animal apresentar recidivas, a terapêutica farmacológica foi eficaz no manejo da doença.

 


Palavras-chave


gato, líquido cefalorraquidiano, neurologia, ventrículos

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