Uso de EPI’s e principais agravos ocupacionais em discentes de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí

Natália de Araújo Brito, Siluana Benvindo Ferreira, Taciana Galba da Silva Tenório, Luma Gabrielly de Sousa Cruz, Sayonara Maria Santos Leal, Lauro César Soares Feitosa

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar quais os principais riscos podem acometer os estudantes de Medicina Veterinária de uma Universidade Pública do Piauí. Foi utilizado o método de aplicação de questionário, no qual constavam perguntas objetivas sobre uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e sobre os possíveis agravos sofridos. Foi observado que 51% (77/150) dos estudantes sofreram algum tipo agravo durante a graduação, sendo os agravos mais frequentes os acidentais, representando 73% (56/77), seguidos pelos biológicos 17% (13/77) e químicos 10% (8/77). Dentro dos agravos acidentais, os mais frequentes foram as mordeduras e arranhaduras, cortes e perfurações, representando 47% (36/77), 20% (15/77) e 6% (5/77) dos agravos respectivamente. Apesar de 100% (150/150) dos discentes terem relatado usar os EPI’s básicos, 71% (106/150) afirmaram nunca ter recebido orientações ou treinamento para o uso correto. Conclui-se que houve uma alta prevalência de agravos nos discentes do curso Medicina Veterinária, o que demonstra que os riscos ocupacionais são uma realidade nesta atividade. Além disso, contatou-se que se faz necessário a implementação de medidas de educação em saúde para uso adequado dos EPI’s.

Palavras-chave: EPI’s, doenças ocupacionais, risco


Palavras-chave


EPI’s, doenças ocupacionais, risco

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