Determinação do indicador de estabilização da forma da concha (IEF) de Anomalocardia brasiliana em Icapuí (Ceará, Brasil)
Resumo
Muitas espécies de bivalves presentes em áreas intermareais são comestíveis e têm sido amplamente coletadas em várias regiões do Brasil. Estas espécies habitam áreas de fácil acesso ao homem, na região de oscilação das marés a beira-mar ou em costões. No litoral brasileiro, diversas espécies de moluscos bivalves de regiões estuarinas são exploradas de forma bastante rudimentar pelas comunidades tradicionais, sem utilizar medidas de manejo que garantam um uso sustentável dos recursos. Dentre essas espécies, existem aquelas associadas às estruturas aéreas da vegetação do mangue (como a Crassostrea mangle, a ostra-do-mangue) e espécies que habitam os sedimentos de planícies de maré adjacentes a manguezais, tais como Anomalocardia brasiliana. Tendo em vista a manutenção da captura do molusco A. brasiliana na localidade de Requenguela, no município de Icapuí, o presente estudo teve como objetivo determinar do Indicador de Estabilização da Forma da concha (IEF) com o propósito de identificar o comprimento médio de primeira maturação deste recurso. Foram feitas oito visitas à Requenguela para que fossem feitas as aferições de comprimento, altura e largura dos indivíduos. Ao finalizar, os dados obtidos foram analisados e os valores de comprimento, altura e largura médias, bem como as razões necessárias para determinar o IEF, foram calculadas com o auxílio de planilha eletrônica. Foram analisadas 2.537 amostras de A. brasiliana. Os resultados deste trabalho demonstraram que a média de comprimento, altura e largura dos indivíduos é de 17,01 ± 3,14 mm, 14,28 ± 2,80 mm e 10,13 ± 2,15 mm, respectivamente. A maioria dos indivíduos analisados encontraram-se distribuídos em classes de comprimento superior a 12mm. Foi considerado para esta população que o Indicador de Estabilização da Forma da Concha (IEF) encontra-se no comprimento médio de 11,57mm.
Palavras-chave
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