Qualidade microbiológica de carne bovina moída comercializada em supermercados do Distrito Federal, Brasil

Erika da Silva Monteiro, Paula Araújo da Costa, Laryssa de Castro Manfrin, Daniel Oliveira Freire, Izabel Cristina Rodrigues da Silva, Daniela Castilho Orsi

Resumo


Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de amostras de carne bovina moída comercializadas em supermercados do Distrito Federal, considerando a importância da comercialização desse produto e a sua susceptibilidade a contaminação microbiológica. Para as análises foram coletadas quinze amostras de carne moída, embaladas em bandejas de poliestireno, dentro do prazo de validade e expostas ao consumo nos balcões refrigerados de diferentes supermercados. As análises realizadas foram: contagem total de bactérias mesófilas e psicrotróficas, determinação de coliformes totais e termotolerantes, contagem de Staphylococcus aureus, pesquisa de Salmonella spp. e identificação molecular de S. aureus e de Salmonella spp. através da técnica de PCR. Os resultados mostraram que quatro amostras de carne moída (27%) estavam contaminadas com Salmonella spp. (confirmadas geneticamente) e estavam impróprias para o consumo de acordo com a legislação brasileira. Também foi verificado que treze amostras (87%) mostraram condições higiênicas insatisfatórias por apresentarem bactérias S. aureus. Entre essas treze amostras, cinco amostras (33%) apresentaram contagens elevadas de S. aureus (acima de 1,0 x 103 UFC/g). Conclui-se que a presença de bactérias Salmonella e contagens elevadas de S. aureus em oito das quinze amostras analisadas (53%) são indicadores de pouca higiene de processamento e armazenamento dessas carnes moídas, que dessa forma, podem representar risco à saúde dos consumidores.

 


Palavras-chave


Carne moída, microrganismos, contaminação, segurança alimentar

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