Qualidade parasitológica da pescada branca no litoral sul do Espírito Santo

Thais Silva Guimarães, Marcus de Freitas Ferreira, Dirlei Molinari Donatele, Mariane Bazzarella Lucindo

Resumo


: O pescado marinho possui uma vasta fauna parasitológica, que pode ser capaz de produzir ou possuir toxinas que provoquem algum tipo de reação adversa podendo levar a condenação do mesmo. Objetivou-se com este trabalho avaliar o estado de frescor e perfil parasitológico da Pescada-branca (Cynoscion leiarchus, Cuvier 1830) comercializada nos municípios litorâneos do sul do Estado do Espírito Santo. Foram coletadas cinco amostras de pescada branca (C. leiarchus) em quatro estabelecimentos de cada município (Piúma: foram apenas 15, Anchieta, Itapemirim e Marataízes) e em Presidente Kennedy foram coletadas amostras apenas de um estabelecimento. Os peixes foram medidos, pesados, avaliados quanto ao seu frescor e necropsiados para avaliação parasitológica da musculatura e cavidade celomática. As larvas dos nematóides coletadas foram limpas com água em placa de Petri e fixadas em AFA por 24 horas. Para as larvas que foram encontradas vivas, o fixador foi pré-aquecido a uma temperatura de aproximadamente 60º C, para morrerem distendidas. Após 24 horas de fixação, foram clarificadas pelo lactofenol e dispostas entre lâmina e lamínula para serem identificadas utilizando-se microscópio de luz. De um total de 115 peixes necropsiados foram encontradas 25 larvas com potencial zoonótico o que leva a uma frequência de 21,74% e intensidade média de 0,22 parasitos/hospedeiro. Os resultados indicam a presença dos nematoides citados em frequência e intensidade que justifiquem a orientação para que os consumidores congelem os peixes antes de seu consumo.

 


Palavras-chave


Contracaecum; peixes; Pseudoterranova

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