Efeito da temperatura do ambiente sobre a gestação de fêmeas suínas e impactos econômicos relacionados
Resumo
Este trabalho foi realizado junto a uma granja suinícola do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, com os objetivos de comparar a quantidade de leitões nascidos vivos por estação do ano, impactos econômicos relacionados e verificar a relação de perdas como retorno ao cio, abortos, teste de prenhez negativo (TPN) e mortes com a estação do ano (inverno e verão) durante a gestação fêmea suína. As matrizes suínas reprodutoras avaliadas pertencentes à genética Camborough, de ordem de parto variada, desde o primeiro até oito partos. Para verificação das amostras valeu-se da análise estatística descritiva e inferencial, apresentados em forma de médias (desvios padrão) e teste t para comparação dos grupos. Para correlacionar a média de temperatura do inverno e do verão com as perdas de leitões foi utilizada a correlação de Pearson. Observou-se, a partir dos dados analisados, que há diferença estatística significativa nas perdas (t = 4,3803; p = 0,0119), sendo a média de perdas maior no verão [188,4 (53,02)] do que no inverno [114,2 (17,01)]. Não há diferença estatística significativa na média de leitões mortos (mumificados ou natimortos) (t = -2.4572; p = 0,0698), no entanto, há diferença estatística significativa na média de leitões nascidos no verão [19.615,6 (995,16)] e no inverno [21.122,8 (1.421,18)] (t = -6.5361; p = 0,0028). Também se verificou que há correlação forte, positiva e significativa entre a média de perdas com a temperatura ambiente (r = 0,7575; p = 0,0111).
Palavras-chave
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