Considerações sobre manejo de pastagens na região semiárida do Brasil: Uma Revisão

Francisco Gleyson da Silveira Alves, Bruna Alves Felix, Maria Simone Mendes Peixoto, Patrícia Mirella dos Santos, Raimundo Bezerra da Costa, Ronaldo de Oliveira Sales

Resumo


Objetivou-se com essa revisão abordar alguns aspectos a serem considerados no manejo das pastagens do semiárido nordestino. O manejo das pastagens tem como principal meta obter uma maior produção de forragem e produtividade animal através do uso racional das pastagens. O uso de capineiras, também é interessante, pois constitui uma das alternativas para aliviar o problema da falta de pasto na época seca. Existe ainda a estratégia em fornecer uma suplementação protéica aos animais, através do cultivo de leguminosas como bancos de proteína. Além da vantagem em fornecer leguminosas no período seco, é possível ainda usufruir da técnica de banco de proteína na época chuvosa, pois as leguminosas ainda podem ser aproveitadas para a fenação, ensilagem ou adubação verde. A técnica do diferimento de pastagem é outro recurso que o produtor pode utilizar no período seco. Essa técnica consiste no adiamento do uso do pasto pelo animal. No fim do período das águas, separa-se uma parte da pastagem, na qual os animais não têm acesso, para que seja fornecido no período da seca, onde a oferta de alimento se torna escassa. Pode-se ressaltar, contudo, os sistemas silvipastoris, que funcionam como modelos alternativos de utilização e manejo do solo, e contribuem com a sustentabilidade do sistema produtivo. Explorando eficientemente os recursos naturais, controlam o processo erosivo, melhoram a estrutura do solo e equilibram a atividade dos microorganismos, promovem a formação de pastagens de melhor qualidade, além de que proporcionam ambiência animal em função do sombreamento das pastagens.


Palavras-chave


alimentação animal; forragem; pecuária.

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